"Não sei como começar, não sei que palavras usar para expressar o que sinto, não sei sequer se entenderás aquilo que estou a passar, não sei se alguma vez irás compreender as razões do que me levaram a fazer, não sei como dizer que tudo o que fiz teve um motivo.
Escrevo na esperança que um dia ao leres consigas finalmente perdoar tudo aquilo que me levou ao ato final. Caso não consigas, peço perdão à mesma, o meu objetivo não era magoar-te nem tão pouco ludibriar os teus sentimentos. Senti uma necessidade incessante de reaver aquilo que eu já não tinha, a culpa não foi tua, nem minha, ninguém envolvido teve algum motivo.
Eu precisava de ser livre, de voar, de paz e contigo não conseguia, um dia abri os olhos e vi que tinha de ser naquele momento. Fiz as malas, arrumei tudo e escrevi-te um bilhete, sei que não foi a atitude mais correta mas agora nada posso fazer além de pedir desculpa.
Hoje também não estou bem, enganei-me, sinto que me fecharam numa cela sem uma única luz, sem a possibilidade de alcançar tudo aquilo que precisava. Pergunto-me se faço falta e acho que não.
Escrevo esta carta enquanto espero que os comprimidos façam efeito e possa finalmente descansar para sempre, quando receberes estas palavras por favor não as destruas e tenta entender aquilo que sentia.
Nunca te esqueças que eu sou o teu eterno ..."
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