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02. Água Vermelha
Sendo um grande amigo meu era bastante fácil saber sempre onde encontrá-lo, combinei um encontro com ele, este tinha o perfil ideal para ser a segunda vítima, um jovem desportista, nadador profissional, mas este não era o principal motivo, vingança era o que me regia desta vez.
Olhei para o relógio, eram 15h45, estava na hora de meter o meu plano em ação. Verifiquei se tinha guardado o novo punhal dentro da bolsa que prendia à cintura e depois toquei-lhe à campainha de casa. Ele estava a demorar para abrir, devia estar no jardim como já era habitual. Toquei novamente e momentos depois ouvi-o a gritar que já vinha.
Abriu a porta, estava todo molhado, só de sunga e uma toalha em torno do pescoço, tinha estado na piscina. Cumprimentou-me e disse-me para entrar, a seguir fomos para o jardim, sentei-me à sombra devido ao calor que estava e ele lançou-se novamente para dentro de água, mas antes ainda me perguntou se lhe queria fazer companhia ao que eu lhe respondera que não.
Em cima da mesa estava uma cesta de fruta variada e alguns jarros com batidos naturais misturados com gelo, ao canto estava um jornal, peguei nele e a noticia principal era a morte da promissora bailarina Kiara. Irónico!
- Estás quase a fazer anos, Zack! Vinte e sete, solteiro e sem filhos. - Disse-lhe tentando chegar ao ponto que eu queria da conversa.
- Olha quem fala. Tens uma lata! Estás na mesma situação. - Respondeu enquanto se apoiava na beira da piscina.
- E a tua mãe vem visitar-te? Com tanto trabalho na academia de dança, deve ter a agenda preenchida! - Agora sim tinha chegado ao assunto que me interessava.
Ele ergueu-se e saiu da piscina, sentando-se na beira desta deixando apenas as pernas dentro de água. - Talvez ela anda sempre muito ocupada, depende da agenda nesse dia. Só tenho falado com ela ao telemóvel. - Desabafou cabisbaixo olhando para a água.
Enquanto ele falava, silenciosamente aproximei-me, tirei o punhal da bolsa e respondi-lhe que tudo iria terminar ali, ele sem perceber olhou para mim e nesse exato momento desferi-lhe um golpe na cabeça deixando-o inconsciente. Pousei o punhal ao meu lado e puxei-lhe as pernas para fora da água deitando-o paralelo à piscina.
Só me faltava fazer duas coisas, ficar com uma recordação e espetar-lhe o punhal. A única coisa presente nele era a sunga que imediatamente a tirei deixando-o ali nu, guardei-a na bolsa e depois peguei na arma. Aproximei-me dele e senti-lhe o coração, juntei o punhal e cravei-o, um esguicho de sangue saltou em várias direções, aos poucos foi escorrendo para dentro de água.
Levantei-me, fui até à despensa buscar produtos de limpeza e comecei a limpar tudo no que tinha tocado, principalmente o punhal. Se a policia descobrisse impressões minhas era perfeitamente normal, somos amigos.
Por fim enviei uma mensagem para a mãe dele, "Olá mãe, estou com uma problema. Preciso que venha cá! Beijinho." Limpei-o com o pano e atirei-o para dentro de água que já estava bastante contaminada de sangue.
Despedi-me com um adeus e fui para casa preparar o jantar enquanto pensava no dia da semana seguinte, o momento em que a terceira vitima chegava da sua viagem ...
Próximo capítulo, aqui.
Gostas de piscina? No fim de contas em quem devemos confiar?
Nem na nossa própria sombra, ouvi.
ResponderEliminarOuviste o quê? =D
EliminarBoa resposta!
Em ninguém. Não devemos confiar em ninguém a 100% além de nós mesmos. É triste, mas é mesmo assim
ResponderEliminarE mesmo assim às vezes tomamos decisões que nos arrependemos mais tarde.
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